A situação das populações diante das muitas regiões afetadas pelas chuvas no Brasil expõe os contrastes do País. As águas revelam as realidades que a força do capital cuida, desde sempre, de esconder. A natureza grita por políticas que a protejam. As chuvas não devem ser culpabilizadas pelas tragédias que nos atravessam desde novembro de 2021 e que adentraram 2022 com centenas de cidades sendo arrastadas em suas iniquidades pelas forças das águas.
O socorro para as comunidades atingidas pelas enchentes na Bahia e em Minas Gerais são reveladoras do Brasil profundo. E as manifestações de apoio têm vindo, essencialmente, de organizações e movimentos sociais. São eles, afinal de contas, que têm os contatos e conhecem, desde antes e durante a pandemia, as realidades das populações empobrecidas e abandonadas pelos poderes governamentais.
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