Nos anos 1980, foram descritos casos de pacientes que se queixavam de fadiga física e mental em níveis incapacitantes. Apresentavam, no entanto, exames clínicos e laboratoriais e imagens dentro da faixa de normalidade.
A tendência dos médicos, diante daquele cansaço crônico sem justificativa palpável, era a de encaminhar os pacientes para atendimento psiquiátrico. Desanimados com aquela pessoa sempre exausta, indisposta para executar tarefas mínimas, os familiares e amigos não tinham dúvida: “Deve ser psicológico” era a frase mais empregada pelos ignorantes para explicar o que desconheciam.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.