Escândalos em campo

Dentro do impenetrável sistema da Fifa, dirigentes das entidades futebolísticas são trocados e defenestrados, como se nada tivesse acontecido

Decisão. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, foi destituído pelo TJ do Rio – Imagem: Thais Magalhães/CBF

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O ano vai chegando ao fim e, no caso do futebol brasileiro, enquanto se fala das atividades recreativas das férias, da movimentação das transferências e transações de jogadores e das premiações dos melhores do ano, recebemos a notícia do fim do mandato do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.

A destituição aconteceu a partir de uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que anulou as assembleias que elegeram o atual dirigente.

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1 comentário

Alexander Brasil 15 de dezembro de 2023 23h24
Não pelo Botafogo, clube pelo qual torço, mas fica evidente a manipulação de partidas de futebol por um sistema, do qual você, Afonsinho, mesmo diz, é impenetrável. O fato de torcer pelo Botafogo por 55 anos e ver tantos erros sistemáticos e em sequência nos jogos mais decisivos durante as últimas décadas, me é útil, pois não me restringiu à análise de performance em campo ou ver coincidências e diagnóstico de que os erros de arbitragem são para todos os times. Sou leitor da Carta Capital e meu senso crítico não foi cegado pela minha paixão, mas aguçado pela minha revolta. Não posso estar atento somente à política e economia e outras seções dessa revista. Futebol faz parte da vida do brasileiro e pessoas ganham e se aproveitam dessa paixão. Todos sabemos que o produto futebol foi deixado de lado por interesses financeiros do negócio futebol. O Botafogo não dá audiência e sua torcida não dá retorno financeiro aos anunciantes, patrocinadores e, este ano, o fato de vencer o campeonato brasileiro por antecipação, seria prejudicial a todos nesse negócio, menos ao Botafogo, é claro. Então, logo no início do returno, começou a sequência de erros contra o clube líder do campeonato. Ninguém nega a derrocada nas últimas rodadas, mas não se pode negar, também, que no momento mais favorável, os erros de arbitragem em jogos consecutivos foram decisivos e, pode-se afirmar, abalou o psicológico do time se querem encontrar uma explicação que dizem ser inexplicável. Num negócio que movimenta bilhões de reais, causar um apagão no estádio do líder do campeonato, coisa que nunca aconteceu o estádio do líder sofrer apagão, fique claro nos 22 anos de competição nesse formato, é mais fácil que produzir um laudo de queda do teto, desse mesmo estádio, no ano em que o escrete comandado por Seedorf prometia vencer todas as competições. Este último ano para mim foi o basta. Minha decisão será inócua, eu sei, nesse momento, mas sofri o desencanto dos aficionados, ao qual você se referiu.

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