Enquanto o mundo gira

A diplomacia do terceiro mandato, por enquanto, mais reage às circunstâncias globais do que propõe alternativas

Amorim continua a ser o formulador. Vieira precisa mostrar a que veio – Imagem: Márcio Batista/MRE

Apoie Siga-nos no

Se confrontarmos os primeiros cem dias da política externa do novo governo com a diplomacia da gestão Bolsonaro, o contraste é brutal. Saíram de cena a gestão alucinante de Ernesto Araújo e o reacionarismo soft de Carlos Alberto França. A isso se soma a exuberante diplomacia presidencial exercida pelo presidente Lula, desde antes da posse. Diante do quadro, pode-se dizer sem exagero que “o Brasil voltou”, como repetem os governistas. Ambiguidades na condução dos negócios externos colocam em dúvida, porém, a existência de um projeto definido na área.

Se tomarmos por base as diretrizes emanadas pela chapa vencedora antes da eleição ou da posse, perceberemos a ausência de um plano de voo que vá além da retomada de linhas de duas décadas atrás. O exame do programa de campanha ou do relatório final do gabinete de transição governamental, divulgado no fim de dezembro, pouco esclarece sobre o tratamento a ser dado a problemas concretos, apesar de enfatizar o fim do isolamento internacional e a defesa do multilateralismo.

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

1 comentário

ricardo fernandes de oliveira 10 de abril de 2023 21h05
o brasil voltou a se meter em assuntos onde não ganha nada, só inimizade. entra governo, sai governo, e a política externa dá cabeçadas. nicarágua é um exemplo: um país com um governo com problemas até com o vaticano, não há como ficar dando uma de absenteismo. também foi descabida a proposta de a ucrania entregar parte de seu territorio a russia. essa é uma proposta que guarda paralelo com a entrega da áustria a hitler. já em outro governo lula, quiseram se meter numa questão diplomática envolvendo eua e irã. o que essa gente tem na cabeça?

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.