E o golpe fracassou!

Mesmo com a adesão de centros do próprio poder, a intentona bolsonarista foi derrotada

Felizmente, os apelos de “patriotas” por uma “intervenção militar” foram ignorados pela cúpula do Exército – Imagem: Andressa Anholete/Getty Images/AFP

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O fato mais relevante de 2023 foi o brutal ataque à democracia ocorrido em 8 de janeiro. Talvez seja o fato mais relevante, desde já, do terceiro mandato de Lula da Silva ou ainda o fato mais relevante da História da Nova República desde o fim da ditadura. Por infelicidade. Claro, golpes de Estado – mesmo os fracassados – são sinais de fragilidade das instituições e de inconformidade com a norma constitucional democrática. Mesmo que alguns políticos, vocalizando instituições republicanas, fiquem roucos de repetir que as “instituições funcionaram”, a verdade é bem mais dolorosa.

Deu-se um ataque contínuo e organizado, partindo de vários setores da própria República, contra as instituições. Perseguiu-se o descrédito das urnas eletrônicas, do sistema eleitoral e, pior de tudo, dos tribunais superiores (TSE e STF). Seus ministros foram atacados e ameaçados. As sedes dos Três Poderes foram depredadas. Claramente, isso não faz parte do funcionamento “normal” das instituições. Mais que isso: o golpe foi anunciado, preparado e desferido, em etapas, a partir de centros do próprio Poder e, no seu ápice, amparado por instituições do Estado, seja por ação ou inação.

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1 comentário

CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 3 de janeiro de 2024 11h55
Essa foi a maior vitória do terceiro mandato de Lula. Mas não nos enganemos: venceu-se uma batalha, não a guerra. Essa só será definitivamente vencida quando o sucessor de Lula entregar tranquilamente seu mandato a um eleito democraticamente e que tenha compromisso com a defesa da Constituição de 1988, não daquela de 1967/69 e do AI-5.

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