No fim de 2015, o MDB divulgou o documento intitulado Uma Ponte para o Futuro, que deixava claras as diretrizes de um novo governo comandado pelo então vice-presidente Michel Temer. O documento serviu para angariar apoio em setores ultraliberais para a derrubada da presidenta Dilma Rousseff. Aquela “ponte” previa uma redução do Estado e dos direitos sociais e o favorecimento dos interesses privados. As reformas que vieram não foram surpresa. Vejamos três exemplos de ações governamentais compatíveis com o previsto naquele documento nas áreas de educação e de pesquisa científica e tecnológica, adotadas após a posse interina de Temer e que continuam de pé.
Um dos primeiros atos de Temer, em maio de 2016, foi iniciar o desmonte do sistema de fomento da pesquisa científica e tecnológica, rebaixando a posição do CNPq. Em seguida vieram as reduções sistemáticas de orçamento, chegando, em poucos anos, à terça parte do que tinha sido por volta de 2015. A Capes, principal órgão de fomento à formação de pessoal de nível superior, seguiu o mesmo rumo, tendo seu orçamento reduzido na mesma proporção.
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