Opinião
Descaso homicida
A ditadura matou 8 mil indígenas sem disparar um tiro. Bastaram as obras de ‘integração’ da Amazônia em nome do ‘progresso’
Os indígenas estão de volta ao noticiário. Desta vez, como vítimas de atividades criminosas do garimpo. Todos viram as fotos de adultos e crianças raquíticos, assolados pela fome, porque a mineração ilegal matou os peixes e envenenou os rios, elementos essenciais para a sua subsistência.
Quando fui convocada pela presidenta Dilma Rousseff a integrar a Comissão Nacional da Verdade, soube que a indicação de meu nome provinha do MST. Por isso escolhi investigar as violações cometidas contra camponeses, a exemplo dos agricultores torturados para revelar o paradeiro dos guerrilheiros do Araguaia – e nada revelaram – ou do grande líder maranhense Manoel da Conceição, que perdeu uma perna na tortura. Foram entrevistas marcantes, mas não é desses personagens que vou tratar aqui.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.