Jaques Wagner
[email protected]Senador (PT-BA). Foi governador da Bahia (2007-2015) e ministro do Trabalho (2003-2004), Defesa (2015) e Casa Civil (2015-2016).
Depois de um longo período como pária mundial, o nosso país volta a assumir o lugar que lhe cabe
O contraste entre dois episódios, que serão para sempre lembrados na história do País, marcou este janeiro de 2023. Após presenciarmos, no primeiro domingo do ano, a belíssima cerimônia que empossou o presidente Lula, uma semana depois vimos atos criminosos de invasão e destruição dos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. Apesar do enorme prejuízo causado, tanto no plano simbólico quanto no material, felizmente as instituições brasileiras demonstraram resiliência e solidez, ao resistir a mais uma tentativa da extrema-direita de desestabilizá-las e de impor um golpe de Estado.
Diante dos ataques que marcaram aquele 8 de janeiro, Lula teve nova oportunidade de provar que é um verdadeiro estadista, liderando uma reação firme. Ao reunir-se com governadores, ministros do STF e os presidentes do Senado e da Câmara, ele deixou claro que o sentimento de defesa da democracia presidirá a caminhada do Brasil nos próximos anos. O recado ficou claro: ninguém mais ficará à vontade para abraçar o vandalismo e a barbárie. Prova disso é que, de lá para cá, as autoridades trabalham arduamente para identificar, prender e punir todos aqueles que estiveram envolvidos neste capítulo criminoso da nossa história.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
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