Eu olho para o Brasil com os olhos do passado. Em certo sentido, não existe presente nem futuro, só existe o passado. Julgo que é isso que o romancista americano William Faulkner quis dizer quando escreveu que “o passado não existe. O passado não é sequer passado”. Sempre gostei dessa perspectiva, a de que o presente é um conjunto de impressões que o passado nos deixou no espírito, e que o futuro também não é outra coisa senão a projeção para a frente dessas experiências passadas. Assim, só o passado existe. E se o Brasil é o país do futuro é porque tem um passado recente tão poderoso que coloca Lula à frente nas sondagens. É isto que quero dizer.
A propósito de passado, acabei de ver o filme Marighella e lá veio de novo o passado. Sempre senti uma certa nostalgia por aquelas épocas de combate às ditaduras em que se fazia política com perigo de vida – ou tudo ou nada.
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