Bye, bye, Uncle Sam

Os EUA têm muitos recursos e a despedida vai ser longa, mas já começou

Foto: Reuters

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Hoje quero tratar de um tema de longo prazo, de natureza “estrutural” por assim dizer. Refiro-me ao declínio do Ocidente, mais especificamente à sua parte principal – o declínio dos Estados Unidos, a superpotência que até há pouco tempo dominava o planeta. Esse declínio tem várias dimensões e se mostra inexorável. Não obstante, os Estados Unidos, seus aliados e satélites resistem a aceitá-lo, resistem de forma sistemática e feroz. Como nas tragédias gregas, a resistência ao destino não faz mais do que acelerar a sua concretização.

Acostumados, há vários séculos, a dar as cartas, a ditar regras e a impor as suas vontades, os americanos e europeus fazem de tudo para negar a realidade, mesmo sendo ela objetiva e implacável. A queda ano após ano do peso relativo dos EUA e cia. em termos demográficos e econômicos é clara e cristalina. A população dos países de alta renda corresponde a apenas 15% da população mundial e tende a continuar caindo. A economia da China já é maior que a dos Estados Unidos há algum tempo, em termos de paridade de poder de compra (a forma mais correta de fazer comparações internacionais).

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3 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 25 de janeiro de 2024 16h38
De fato, professor, como uma nova velha Roma, os Estados Unidos da América estão em declínio, e muito bem pontuado pelos últimos presidentes medíocres que teve: Busch Jr e Trump com perigo de ser reeleito, vades retro,. O fato é que sua economia e seu poder bélico estão em baixa, sem falar na música, cinema, literatura... Grastonomicamente nunca foi o forte deles. Agora os brasileiros cafonas que adoram Miami, Orlando, a Disney, precisam se reciclar, caso contrário ficarão somente na nostalgia desse consumismo intragável e piegas. Aquele velho slogan que o estadunidense médio dizia, I am de the best, fuck you the rest, estarão com os dias contados. Viveremos uma nova era, a era do repensar da humanidade da reconstrução e do multiculturalismo mundial para o bem da humanidade.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 28 de janeiro de 2024 23h57
De fato, caro professor, como na velha Roma decadente, os Estados Unidos da América estão em declínio, e muito bem pontuado, pelos últimos presidentes medíocres que teve: George W. Busch Jr e Donald Trump com perigo de ser reeleito, vade retro satã. O fato é que sua economia assim como o poder bélico estão em baixa e sendo superado pelas outras superpotências, sem falar na música, cinema, literatura esporte.... A gastronomia nunca foi o forte deles, aliás gastronomicamente os Estados Unidos sempre foram péssimos. Agora os brasileiros cafonas que adoram Miami, Orlando, Disney, precisam se reciclar, caso contrário ficarão somente na nostalgia desse consumismo intragável e piegas. Aquele velho slogan que o americano médio dizia, I am de the best, fuck you the rest estará com os dias contados. Quem sabe, viveremos uma nova era, a era do repensar humano, da reconstrução do planeta e do multiculturalismo mundial para o bem da humanidade.
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 29 de janeiro de 2024 11h54
O destino de todos os impérios, desde o egípcio, é sempre esse: ascensão, estagnação e queda. O Império Romano é apenas o caso mais conhecido, mas temos o otomano e o britânico, mais recentes. A China deverá ir pelo mesmo caminho, se mantiver a mesma cartilha.

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