Luiz Gonzaga Belluzzo
[email protected]Economista e professor, consultor editorial de CartaCapital.
Como o golpismo aproveita os impulsos humanos mais cruéis
Na posteridade do Dia da Independência, o jornalista Matheus Leitão escreveu na revista Veja: “Órgãos de inteligência estão investigando uma suspeita de ataques ao 7 de setembro com viés golpista – e o intuito de criar um factoide político para mudar o curso da eleição de 2022 – envolvendo grupos radicais de direita. O ato criminoso seria realizado para ferir os próprios bolsonaristas, gerar pânico na sociedade e, em seguida, colocar a culpa na esquerda”.
A empreitada fascista ensaiada em 7 de setembro foi executada no dia 8 de janeiro de 2023, com a cumplicidade das forças de segurança – militares e policiais. Essa conivência indica o descompromisso desses funcionários públicos com os princípios do Estado Moderno. Digo Estado Moderno para significar o longo processo de construção das instituições que surgiram no alvorecer do capitalismo de Adam Smith.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
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