Todos os países têm órgãos de inteligência que não se limitam a colher e analisar informações, praticam também espionagem. Nos países democráticos, busca-se estabelecer algum tipo de controle sobre esses organismos, mas ele é sempre precário. Nos EUA existem duas dezenas de órgãos de inteligência. O mais conhecido é a CIA. Ela costuma operar no exterior e, frequentemente, é acusada de cometer crimes e vários tipos de violações e ilegalidades. O Comitê de Inteligência do Senado é o principal mecanismo de controle das atividades da CIA e de inteligência em geral.
No Brasil, tem-se a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), formada por integrantes da Câmara e do Senado. Além de fazer a fiscalização e o controle externo dos organismos que exercem essa atividade, a CCAI pode propor políticas de inteligência e contrainteligência e examinar a atuação do Executivo. O colegiado padece, porém, dos mesmos limites inerentes às capacidades de controle e fiscalização encontrados pelas suas similares em todas as democracias. Já nos regimes ditatoriais, essa capacidade de fiscalização e controle fica perto do zero.
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