A República depredada

O golpismo permanecerá latente enquanto o povo continuar entregue a um estado social andrajoso

Imagem: Tom Molina/AFP

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A vandalização das sedes dos Três Poderes da República por hordas golpistas em 8 de janeiro não foi apenas física ou material. Foi também uma depredação política e moral de uma democracia frágil, cambaleante, quase indefesa. Como consequência dos ataques, formalmente, a democracia saiu fortalecida com a união de todos os poderes, de quase todos os políticos, dos governadores, com as manifestações e posicionamentos das entidades da sociedade civil e com os atos de rua.

Mas que democracia é essa, à qual todos se uniram? É uma democracia que não vem conseguindo resolver os problemas básicos da população. É uma democracia que vive uma crise prolongada de dez anos, que semeia o desemprego, a miséria, a fome, a pobreza, a desindustrialização e a falta de perspectivas de futuro. Uma democracia que oferece migalhas aos pobres e enriquece ainda mais os ricos.

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