Estamos em estado de choque, leitor. Começo este artigo na noite de domingo, dia do primeiro turno. Tinha outro artigo, praticamente pronto, para publicar na segunda-feira seguinte, intitulado “O terceiro turno”, no qual fazia considerações sobre a pretensão do poder econômico-financeiro de colonizar o futuro governo Lula. Um resumo chegou a ser publicado na revista. A versão completa foi, porém, engavetada para uma ocasião mais oportuna, por motivos óbvios.
Recapitulo brevemente. Até domingo, havia dois cenários considerados possíveis – vitória de Lula, raspando, no primeiro turno, ou decisão no segundo turno, com Lula vencendo o primeiro com vantagem muito ampla. Contudo, as pesquisas erraram feio, por motivos ainda não inteiramente claros, não só na presidencial, onde subestimaram os votos para Bolsonaro, como em vários estados, destacadamente em São Paulo. A vantagem de Lula acabou significativa, porém inferior ao previsto, até mesmo em pesquisas de véspera.
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