A exceção que é regra

O bolsonarismo nos defrontou com o apodrecimento das Forças Armadas e da segurança nas diferentes instâncias do País

O ex-presidente Jair Bolsoanro em 29 de junho de 2023. Foto: Sergio Lima/AFP

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À medida que se acumulam contra as Forças Armadas e de segurança brasileiras as denúncias flagrantes de truculência, abusos de autoridade, uso indevido da força, corrupção, envolvimento com o crime organizado e toda sorte de improbidade, percebemos estar diante não de um caso de exceção, mas de regra.

A abordagem da exceção como regra, em especial nos casos de determinação de Estado de Exceção, ganhou destacada notoriedade por meio dos trabalhos do crítico cultural e ensaista alemão ­Walter Benjamin, que já a elaborava em meados da década de 1920. Foi, no entanto, no fim dos anos 1930 e no início dos anos 1940, que a formulação ganhou distinção na obra do intelectual. Em suas teses sobre o conceito da história, Benjamin reforça que a tradição dos oprimidos ensina que, para preservar seus interesses, as classes dirigentes e/ou dominantes lançam mão do que for necessário.

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