Justiça

A comunidade indígena Patiburi pede socorro

Isolada pelo coronavírus e sob ataques externos, povo indígena no Sul da Bahia arrecada para poder manter o mínimo de subsistência

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Com a chegada do coronavírus no Brasil, a aldeia Patiburi, que fica localizada no Sul da Bahia, aderiu ao isolamento e ainda não tem nenhum caso da doença assolando suas vidas. Entretanto, seus problemas estão além da ameaça de doença na comunidade, algo que certamente eleva os alertas ante os efeitos devastadores que podem ser causados na população indígena. Isolada pelas medidas em face do coronavírus, sob ataques externos e dependente de transporte particular, a comunidade pede socorro – ajude no link.

A bem da verdade, desde que o homem branco pôs os pés nesse continente, os povos indígenas estão sob constante ataques. No caso da aldeia Patiburi, as ameaças tornaram-se mais recorrentes nos últimos anos, com consequências graves. Em 2018, em razão de sua aguerrida luta pela preservação de seu povo e das terras pertencentes a Aldeia Patiburi, a cacica Cátia Tupinambá passou a sofrer ameaças e foi incluída no programa de proteção de defensores de direitos humanos.

São diversas as ameaças e boicotes. Outro episódio que pode ser citado referente a aldeia foi quando, há alguns anos, foi solicitado o serviço de energia elétrica, mas só no presente ano conseguiram obter sucesso. Segundo a cacica, isso ocorre após a solicitação ter sofrido, por anos, interferência de fazendeiro da região.

Cacica Cátia Tupinambá. Foto: Assembleia Legislativa da Bahia

Nesse cenário já bem delicado em face de inimigos visíveis, após a entrada do coronavírus no Brasil a Aldeia passa a enfrentar também um inimigo invisível. O covid-19 traz uma a soma de desafios que produz episódios muito preocupantes. Após o confinamento ter sido adotado em vários pontos do país, Indígenas da comunidade denunciam que a aldeia foi invadida e saqueada em toda sua produção de cacau.

De outro lado, a mandioca, com a qual a aldeia também produzia farinha, não está mais podendo ser vendida, uma vez que, com o advento da pandemia, o ônibus que ligava a Aldeia ao distrito mais próximo foi retirado de circulação.

Já está faltando alimentos no distrito mais próximo, que é o distrito de Boca do Córego. A gente não consegue vender a farinha que produzimos e também por orientação nós não saímos da aldeia. Os carros que conseguimos solicitar para fazer uma locação estão cobrando 500 reais para levar na cidade mais próxima que fica a 150 km de distância”, conta Cátia Tupinambá.

Soma-se a tudo isso a ameaça de contágio. Em Belmonte, já há casos de covid-19 confirmados. Doenças importadas historicamente produziram efeitos catastróficos na comunidade indígena e a apreensão é manifestada em razão desse novo vírus – “O nosso estilo de moraria é um estilo diferente, são casas muitos próximas e com um número grande de moradores. Então, a família com seis, oito pessoas, é normal pra gente”, finaliza a cacica.

A situação de extrema delicadeza posiciona a aldeia Patiburi em necessidade. Com isso, a cacica Cátia Tupinambá pede socorro pela Aldeia Patiburi, e isso pode ser feito através de doação em dinheiro. “Qualquer quantia será de grande importância”, afirma cacica Cátia. Os dados para depósito podem ser encontrados por meio do link.

É preciso visibilizar o Brasil profundo e apoiar quem vem resistindo em meio a tantos desafios.

Com a chegada do coronavírus no Brasil, a aldeia Patiburi, que fica localizada no Sul da Bahia, aderiu ao isolamento e ainda não tem nenhum caso da doença assolando suas vidas. Entretanto, seus problemas estão além da ameaça de doença na comunidade, algo que certamente eleva os alertas ante os efeitos devastadores que podem ser causados na população indígena. Isolada pelas medidas em face do coronavírus, sob ataques externos e dependente de transporte particular, a comunidade pede socorro – ajude no link.

A bem da verdade, desde que o homem branco pôs os pés nesse continente, os povos indígenas estão sob constante ataques. No caso da aldeia Patiburi, as ameaças tornaram-se mais recorrentes nos últimos anos, com consequências graves. Em 2018, em razão de sua aguerrida luta pela preservação de seu povo e das terras pertencentes a Aldeia Patiburi, a cacica Cátia Tupinambá passou a sofrer ameaças e foi incluída no programa de proteção de defensores de direitos humanos.

São diversas as ameaças e boicotes. Outro episódio que pode ser citado referente a aldeia foi quando, há alguns anos, foi solicitado o serviço de energia elétrica, mas só no presente ano conseguiram obter sucesso. Segundo a cacica, isso ocorre após a solicitação ter sofrido, por anos, interferência de fazendeiro da região.

Cacica Cátia Tupinambá. Foto: Assembleia Legislativa da Bahia

Nesse cenário já bem delicado em face de inimigos visíveis, após a entrada do coronavírus no Brasil a Aldeia passa a enfrentar também um inimigo invisível. O covid-19 traz uma a soma de desafios que produz episódios muito preocupantes. Após o confinamento ter sido adotado em vários pontos do país, Indígenas da comunidade denunciam que a aldeia foi invadida e saqueada em toda sua produção de cacau.

De outro lado, a mandioca, com a qual a aldeia também produzia farinha, não está mais podendo ser vendida, uma vez que, com o advento da pandemia, o ônibus que ligava a Aldeia ao distrito mais próximo foi retirado de circulação.

Já está faltando alimentos no distrito mais próximo, que é o distrito de Boca do Córego. A gente não consegue vender a farinha que produzimos e também por orientação nós não saímos da aldeia. Os carros que conseguimos solicitar para fazer uma locação estão cobrando 500 reais para levar na cidade mais próxima que fica a 150 km de distância”, conta Cátia Tupinambá.

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