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Zelensky se reúne com líderes do G7, que apelam à China para ‘pressionar’ a Rússia

Presidente da Ucrânia disse que a paz estará ‘mais perto’ após esta cúpula

Foto: Ukrainian Presidential Press Service/AFP
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O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se reuniu neste sábado 20 com vários líderes mundiais após chegar em Hiroshima, Japão, para a cúpula do G7, cujos líderes instaram a China a “pressionar a Rússia para que encerre sua agressão” contra a Ucrânia.

Zelensky, que chegou a Hiroshima por volta das 15h30 locais (03h30 no horário de Brasília) em um avião da República Francesa, tuitou depois de aterrissar que a paz estará “mais perto” após esta cúpula, um dia depois de conseguir que os Estados Unidos abram caminho para autorizar a entrega de aviões de combate F-16 à Ucrânia.

O presidente ucraniano, que tenta ampliar o círculo de apoio a seu país, se reuniu desde sua chegada à cúpula com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, cujo país se nega a condenar a agressão russa na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

Sua presença em Hiroshima “pode mudar o jogo” para Kiev, afirmou o presidente francês Emmanuel Macron antes de uma reunião entre os dois chefes de Estado.

A visita de Zelensky dá ao ucraniano a oportunidade de se reunir com os líderes das sete economias mais industrializadas (Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Itália). Também poderá se aproximar de outras potências não alinhadas e presentes na reunião, como Índia e Brasil.

Modi assegurou que Índia fará “todo o possível” para resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Zelensky também deve se reunir com o presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

Os dirigentes do G7 instaram neste sábado a China, aliada de Moscou e que nunca condenou a invasão, a “pressionar a Rússia para que cesse sua agressão” contra a Ucrânia e “retire imediatamente, totalmente e sem condições suas tropas”.

Decisão “histórica”

Washington confirmou na sexta-feira que está disposto a autorizar que outros países possam fornecer aviões F-16 a Kiev, de fabricação americana. Uma decisão “histórica”, celebrou Zelensky.

Até agora, os ocidentais, encabeçados pelos Estados Unidos, resistiam aos pedidos por estes caças, preocupados com uma possível escalada do conflito.

Durante os longos meses de treinamento, os ocidentais decidirão o calendário de entrega dos aviões, sua quantidade e os países que os fornecerão.

O Reino Unido vai trabalhar com seus aliados para “brindar a Ucrânia com a capacidade aérea de combate que necessita”, declarou o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak no Japão. Emmanuel Macron também se mostrou disposto na segunda-feira a formar pilotos ucranianos.

Washington reiterou, no entanto, que com sua ajuda militar, “os Estados Unidos não facilitam e não apoiam ataques em território russo”.

China no alvo

Em Hiroshima, vítima em 1945 do primeiro bombardeio atômico da história, os dirigentes do G7 mostraram sua preocupação com o aumento do poder econômico, diplomático e militar da China, em um contexto de tensão entre Washington e Pequim.

Mas também asseguraram querer “relações construtivas e estáveis” com o gigante asiático, destacando “a importância de nos comprometermos com franqueza”.

Em seu comunicado, os membros do G7 mostraram sua “oposição” a qualquer “militarização” chinesa na região Ásia-Pacífico, assegurando que não existe “fundamento jurídico” para as “reivindicações marítimas expansivas” da China.

Além disso, reiteraram que a “paz e a estabilidade” no estreito de Taiwan é “indispensável” para a segurança mundial.

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