Mundo

Zelensky questiona acordo de paz com a Rússia proposto por Brasil e China

Em discurso na ONU, o presidente ucraniano insinuou que a proposta sino-brasileira teria ‘segundas intenções’: “Vocês não vão aumentar seus poderes às custas da Ucrânia”

Zelensky questiona acordo de paz com a Rússia proposto por Brasil e China
Zelensky questiona acordo de paz com a Rússia proposto por Brasil e China
Zelensky falou em nome da Ucrânia na Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira - Foto: UN Photo/Loey Felipe
Apoie Siga-nos no

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira 25, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA), que seu país recusa o plano de paz com a Rússia proposto pelos governos de Brasil e China.

Discursando perante líderes de diferentes partes do mundo, Zelensky disse duvidar das reais intenções do Brasil e da China com a proposta, apresentada em maio deste ano, prevendo mesas de negociação e diminuição das hostilidades até a chegada de um cessar-fogo.

Zelensky, por sua vez, disse que os ucranianos só aceitam um caminho para a paz: o fim da ocupação russa em seu território. Ele avalia que qualquer país que sugerir alternativas está aliado ao presidente russo, Vladimir Putin.

“Quando a China e o Brasil tentam se juntar a um coro junto a algumas vozes da Europa e da África, fazendo propostas alternativas à paz e a justiça definitivas, surge uma questão: qual o real interesse?”, indagou. “Vocês não vão aumentar seus poderes às custas da Ucrânia”.

A proposta conjunta com os chineses foi mencionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira 24, quando o brasileiro inaugurou a rodada de discursos de chefes de Estado na Assembleia Geral, como manda a tradição.

“Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar”, disse Lula. “Criar condições para a retomada do diálogo direto entre as partes é crucial neste momento. Essa é a mensagem do entendimento de seis pontos que China e Brasil oferecem para que se instale um processo de diálogo e o fim das hostilidades”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo