Mundo
Zelensky não vê ‘nenhum indício’ de que Rússia esteja disposta a realizar cúpula tripartite
‘Até o momento, a Rússia não deu nenhum indício de que a cúpula tripartite ocorrerá’, disse o ucraniano à imprensa ao lado da presidente da Comissão Europeia
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou neste domingo (17) que não vê nenhum indício de que a Rússia esteja disposta a realizar uma cúpula tripartite entre ele, o presidente americano, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin.
“Até o momento, a Rússia não deu nenhum indício de que a cúpula tripartite ocorrerá”, disse ele durante uma coletiva de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia disse esperar que uma cúpula tripartite seja realizada “o mais breve possível”.
O presidente ucraniano viajou a Bruxelas para participar de uma reunião por videoconferência da “coalizão dos voluntários”, que reúne os aliados de Kiev, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.
Após a cúpula, Zelensky partirá para Washington para participar, juntamente com líderes europeus, de uma reunião com Donald Trump na Casa Branca. “Não sei exatamente o que Putin e o presidente Trump discutiram” durante a cúpula no Alasca, disse Zelensky. “E eu gostaria que o presidente Trump desse a mim e aos líderes europeus muitos detalhes”, acrescentou.
O que “o presidente Trump nos disse sobre garantias de segurança é muito mais importante para mim do que os pensamentos de Putin. Porque Putin não nos dará nenhuma garantia de segurança”, afirmou.
Falando ao lado de Zelensky, Ursula von der Leyen saudou a proposta de Trump de oferecer garantias de segurança à Ucrânia inspiradas na Otan. A presidente da Comissão também reiterou que a Ucrânia deve ser capaz de manter a sua integridade territorial.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



