Mundo
Xi Jinping elogia ‘esforços de Putin’ para resolver guerra na Ucrânia
A China apela regularmente a negociações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia
O Presidente chinês, Xi Jinping, celebrou nesta segunda-feira 24, num telefonema com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, os esforços da Rússia e de outros países para “resolver a crise” na Ucrânia, segundo os meios de comunicação estatais.
“A China está satisfeita por ver os esforços positivos feitos pela Rússia e outras partes envolvidas para resolver a crise” na Ucrânia, disse Xi Jinping a Vladimir Putin de acordo com a agência de notícias Xinhua.
A conversa acontece no momento em que vários líderes ocidentais se reúnem em Kiev para uma cúpula para reafirmar o seu apoio à Ucrânia, três anos após o início da invasão russa e no contexto de uma súbita aproximação entre Washington e Moscou, que iniciaram discussões sobre as suas relações bilaterais, bem como sobre a guerra na Ucrânia.
Por sua vez, o Kremlin anunciou que Putin tinha “informado” Xi Jinping sobre as discussões russo-americanas que começaram na semana passada, sobretudo sobre o conflito na Ucrânia.
Putin “informou o presidente chinês sobre os contatos recentes entre a Rússia e os Estados Unidos. O lado chinês manifestou o seu apoio ao início do diálogo entre a Rússia e os Estados Unidos e a sua disponibilidade para ajudar a encontrar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia”, disse a presidência russa em comunicado.
Durante a conversa “calorosa e amigável”, os dois líderes sublinharam que a cooperação entre Moscou e Pequim era “um fator crucial de estabilização nos assuntos internacionais”, segundo o Kremlin.
A China apela regularmente a negociações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia. Mas nunca condenou publicamente a Rússia pela sua invasão e reforçou a sua aliança com Moscou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



