Nunca trabalhe com animais, crianças ou bilionários espaciais egoístas. Esta lição o governador Ron DeSantis, da Flórida, aprendeu da maneira mais difícil quando usou a plataforma de rede social Twitter Spaces, de Elon Musk, para anunciar sua candidatura à Presidência dos Estados Unidos. Milhares de ouvintes foram recebidos com longos silêncios, trechos estranhos de música e o som de Musk, pretenso rei da direita norte-americana, murmurando que “os servidores estão se esforçando um pouco”. A falha logo foi descrita como um “DeSaster”, um dos fiascos de campanha mais embaraçosos de que se tem memória.
Ninguém ficou mais alegre do que Donald Trump, que considera DeSantis seu principal adversário para a indicação republicana em 2024. Mas, para os integrantes do partido em busca de uma alternativa ao ex-presidente caído em desgraça, isso alimentou a inquietação sobre o temperamento de grande rival de seu suposto opositor – e os encorajou a buscar outras opções. Ninguém descarta DeSantis, mas ele entra na corrida enfraquecido e num campo amplo e disperso de candidatos menores hoje dominado por Trump. “O lançamento de DeSantis foi péssimo. Os comentários de Trump são malucos”, tuitou Bill Kristol, diretor e fundador da Defending Democracy Together, que serviu nos governos de Ronald Reagan e George H. W. Bush. “Todo republicano normal e doador não acha que o partido pode (e deve!) fazer melhor?”
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