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Viver para trabalhar?

Jovens se rebelam contra as excessivas jornadas na Coreia do Sul

Descanso. Os millenials e a geração Z rejeitam a cultura de longas horas de trabalho e valorizam o tempo livre e a realização pessoal – Imagem: iStockphoto
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“Trabalhar durante minhas férias e nos fins de semana tinha virado rotina”, diz Lee Sang-hyuk, ao descrever a cultura de horas extras na grande empresa farmacêutica para a qual trabalhava perto de Seul. “Aos poucos percebi que minha vida e minha saúde se deterioravam devido ao excesso de horas. Eu não tinha energia e negligenciei meus relacionamentos pessoais.” Sang-hyuk passou a sentir dores nas costas por passar muitas horas sentado à mesa e disse ter se tornado ansioso e letárgico. “Nas poucas vezes que consegui encontrar meus amigos, não pude nem aproveitar pois só pensava em trabalho. Achei que eu era o problema”, disse o homem de 35 anos.

O que Sang-hyuk fez em seguida teria parecido extraordinário para um empregado na Coreia do Sul, com sua cultura de longas jornadas de trabalho: pediu demissão. Sua história não é um caso isolado. Representa um movimento mais amplo a tomar forma na Coreia do Sul entre uma geração de jovens determinados que se rebelam contra o domínio sufocante da rígida cultura de trabalho do ­país. A “geração MZ”, como são chamados, abrangendo tanto a geração Z quanto os millennials, está no centro de uma potencial mudança geracional.

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