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Vice-presidente americano recomenda espingarda para autodefesa
O vice-presidente, Joe Biden, que coordena a força-tarefa para propor medidas de controle de armas nos EUA disse ao cidadão americano que “se quiser se proteger, compre uma espingarda de cano duplo”
WASHINGTON (AFP) – O vice-presidente americano, Joe Biden, afirmou aos americanos na terça-feira 19 que alguns disparos de uma espingarda deviam ser mais do que suficientes para assegurar sua autodefesa. A declaração foi dada pouco mais de um mês depois do vice-presidente assumir a força-tarefa da Casa Branca destinada a propor medidas de controle de armas nos Estados Unidos.
“Se quiser se proteger, compre uma espingarda de cano duplo”, aconselhou Biden em um fórum no site de relacionamentos Facebook, hospedado pela “Parents Magazine”, ao lembrar do conselho que deu uma ocasião à esposa, Jill, quando a casa onde viviam em Delaware ficava em uma área isolada.
“‘Jill, se acontecer algum problema, vá para a sacada, pegue aquela espingarda de cano duplo e faça dois disparos do lado de fora da casa'”, aconselhou Biden à esposa. “Você não precisa de um (fuzil) AR15, é mais difícil de usar e, na verdade, você não precisa de 30 disparos para se proteger. Compre uma espingarda”, acrescentou.
O vice fez estas declarações ao argumentar que ninguém precisava de uma arma de assalto de disparo sequencial para garantir a própria defesa e, ao mesmo tempo, para assegurar o direito constitucional de todo americano a possuir armas de fogo.
Após o massacre de 20 crianças pequenas em uma escola de ensino fundamental em Newtown, Connecticut, no ano passado, e de outros atos violentos similares, a Casa Branca solicitou ao Congresso que restabeleça a proibição sobre armas de assalto.
O presidente americano, Barack Obama, também quer que o Congresso imponha limites ao tamanho dos pentes de munição.
O pacote de 23 medidas proposta pelo governo para o controle de armas foi rejeitado na totalidade ou em parte pelo lobby das armas, chefiado pela Associação Nacional do Rifle, muitos republicanos e alguns democratas de estados conservadores que disputam a reeleição em 2014.
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