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Venezuela: Quem são os candidatos de oposição a Maduro registrados para a eleição

Na prática, González Urrutia pode ser um ‘candidato tampão’, a ser substituído até o dia da votação

Manuel Rosales, candidato à Presidência da Venezuela. Foto: Federico Parra/AFP
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A oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, registrou dois candidatos para a eleição de 28 de julho, na qual o chavista buscará seu terceiro mandato.

Manuel Rosales, governador de Zulia e ex-adversário de Hugo Chávez, formalizou sua candidatura no Conselho Nacional Eleitoral no apagar das luzes do prazo.

Já a principal formação da oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), denunciou o bloqueio do acesso para a inscrição de sua candidata, Corina Yoris, indicada por María Corina Machado – esta, por sua vez, está impedida de concorrer devido a uma inabilitação.

O presidente do Conselho, Elvis Amoroso, apresentou nesta terça uma lista de candidatos e partidos registrados, incluindo Rosales e seu partido, Um Novo Tempo (UNT). Na sequência, divulgou o nome do ex-embaixador Edmundo González Urrutia como candidato da Mesa de Unidade Democrática (MUD).

Em nota, a PUD explicou ter registrado “provisoriamente” González Urrutia, devido à “clara impossibilidade de inscrever até o momento a candidatura eleita”, a fim de “preservar o exercício dos direitos políticos que correspondem” à sua organização.

“Todos, absolutamente todos os partidos que se apresentaram hoje estão participando, sem nenhum tipo de restrição”, disse Amoroso.

Na prática, González Urrutia pode ser um “candidato tampão”, a ser substituído até o dia da votação – nesta terça, Corina Machado dobrou a aposta em Yoris, filósofa e professora universitária de 80 anos.

“O que advertimos durante muitos meses acabou acontecendo: o regime escolheu seus candidatos”, disse a ex-deputada, sem mencionar diretamente Rosales, de quem é crítica. “Minha candidata é Corina Yoris.”

Machado venceu as primárias da Plataforma Unitária com mais de 90% dos votos. Seu apoio, portanto, é crucial para o candidato da unidade opositora.

“Farei tudo o que tiver de fazer pela unidade”, disse Rosales, por sua vez, durante uma coletiva de imprensa. “Se a plataforma pedir, acordar, decidir qualquer coisa, estou na plataforma, não me movo daí nem um milímetro.”

(Com informações da AFP)

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