Mundo

Venezuela pede que Guiana rejeite interferência de terceiros na disputa por Essequibo

A tensão entre os dois países, que despertou o temor de um conflito armado na região, intensificou-se no fim de 2023

Venezuela pede que Guiana rejeite interferência de terceiros na disputa por Essequibo
Venezuela pede que Guiana rejeite interferência de terceiros na disputa por Essequibo
Reunião em Brasília entre representantes da Venezuela e da Guiana sobre a disputa por Essequibo, em 25 de janeiro de 2024. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

A Venezuela pediu nesta quinta-feira 25 que a Guiana rejeite a interferência de terceiros na disputa pelo Essequibo, após uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Brasília para discutir a crise envolvendo o território, rico em petróleo.

“Rejeitemos categoricamente a possibilidade de que terceiras partes possam interferir ou se beneficiar de uma eventual discussão ou controvérsia entre Guiana e Venezuela”, disse o chanceler venezuelano, Yván Gil, ao término do encontro com seu contraparte da Guiana, Hugh Hilton Todd.

A tensão entre os dois países, que despertou o temor de um conflito armado na região, intensificou-se no fim de 2023, com a chegada de um navio de guerra britânico a águas guianesas. A Venezuela viu essa manobra como uma provocação e mobilizou mais de 5.600 homens em exercícios militares perto da fronteira disputada.

A Venezuela sustenta que o Essequibo, uma região de 160.000 km² rica em recursos naturais e sob administração guianesa, faz parte de seu território desde que era colônia da Espanha.

A reunião em Brasília foi a primeira desde que os presidentes venezuelano, Nicolás Maduro, e guianês, Irfaan Ali, encontraram-se em 14 de dezembro, na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, em uma primeira tentativa de reduzir a tensão.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo