Mundo
Venezuela e EUA estariam prestes a fechar acordo para aliviar sanções, diz jornal
O governo de Maduro teria de permitir uma eleição presidencial competitiva e monitorada internacionalmente em 2024, informa The Washington Post
Os Estados Unidos e a Venezuela estariam prestes a firmar um acordo que aliviaria as sanções impostas pelos norte-americanos. A informação é do jornal The Washington Post.
As tratativas envolveriam diretamente os governos de Joe Biden e Nicolás Maduro. Segundo o jornal, estaria no limite do acordo a redução das sanções norte-americanas à indústria petrolífera da Venezuela, sob a condição de o governo de Maduro permitir uma eleição presidencial competitiva e monitorada internacionalmente em 2024.
Entre as condicionantes, segundo o jornal norte-americano, estaria o aval de Maduro à suspensão de proibições de candidaturas da oposição.
Maduro também teria de se comprometer a aceitar observações eleitorais internacionais e a abrir o acesso da mídia às eleições. Não ficou claro se o plano envolveria também a libertação de supostos presos políticos na Venezuela.
Há informações de que o diálogo não engloba a possibilidade de descongelar ativos venezuelanos mantidos nos Estados Unidos. É provável que o governo norte-americano estabeleça um limite de tempo para qualquer alívio das sanções, para que possa haver uma reversão se Maduro não cumprir a sua parte.
A expectativa é que as condições para o acordo sejam estabelecidas na terça-feira 17, durante uma reunião em Barbados que contará com a presença de autoridades dos Estados Unidos. A agenda foi confirmada pela embaixada da Noruega no México, em uma publicação nas redes sociais nesta segunda 16.
O alívio das sanções poderia incluir uma licença geral para a petrolífera estatal da Venezuela retomar negócios com Estados Unidos e outros países. As sanções, aplicadas há mais de 15 anos, se intensificaram no início de 2019, depois de o governo do então presidente Donald Trump considerar ilegítima a vitória de Maduro em 2018.
Após a publicação da reportagem, uma autoridade dos Estados Unidos disse ao Washington Post que o país não se comprometeu com a Venezuela.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.