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Venezuela diz que neutralizou outro suposto plano para matar Maduro

Neste ano, cerca de quarenta pessoas foram detidas por cinco supostos atos conspiratórios contra Maduro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Foto: Prensa Presidencial
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O Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou nesta quarta-feira 13 a detenção de duas pessoas – um líder da oposição e um militar desertor – a quem vinculou a uma suposta nova conspiração para assassinar o presidente Nicolás Maduro.

“Foram detidos na cidade de Maturín [estado de Monagas, leste] dois indivíduos, inicialmente por publicarem ameaças gravíssimas incitando ao assassinato, ao magnicídio do cidadão chefe de Estado Nicolás Maduro Moros”, disse Saab em um comunicado à imprensa.

“As investigações preliminares que conduzimos revelam que, por trás dessas ameaças públicas e notórias, porque foram feitas por telefone e em redes sociais, existem evidências de uma nova conspiração”, continuou.

Os dois detidos, identificados como Whilfer Piña, líder do partido opositor La Causa R, e o sargento da Guarda Nacional Renzo Flores, serão acusados perante um tribunal de terrorismo pelos crimes de “conspiração, associação e tentativa de magnicídio” após planejarem o atentado contra Maduro “há um ano”.

As ameaças contra o presidente foram feitas no WhatsApp de Piña, segundo Saab.

“Whilfer, em seu status do WhatsApp, publicou a seguinte ameaça: […] ’em Maturín será a morte de Maduro'”, afirmou Saab, mostrando capturas de tela da mensagem e das conversas que Piña teve com Flores sobre o “plano”.

O procurador-geral afirmou que os detidos pretendiam, juntamente com “ex-colegas da Academia Militar” de Flores, recrutar 50 militares “para tomar um tanque e o arsenal de um quartel militar para realizar uma tentativa insana de golpe de Estado”.

A La Causa R rejeitou a prisão de Piña, classificando-a de “sequestro”.

Neste ano, cerca de quarenta pessoas foram detidas por cinco supostos atos conspiratórios contra Maduro entre 2023 e início de 2024, incluindo a ativista de direitos humanos Rocío San Miguel e quatro diretores de campanha da opositora María Corina Machado, que aspira a enfrentar o mandatário nas eleições presidenciais.

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