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Venezuela celebra novos alistamentos em meio a ofensiva militar dos EUA

A nova jornada de inscrição permanecerá aberta até sábado, após uma primeira operação no último fim de semana

Venezuela celebra novos alistamentos em meio a ofensiva militar dos EUA
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Foto: Pedro Rances Mattey/AFP
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Centenas de pessoas responderam ao chamado do presidente Nicolás Maduro, nesta sexta-feira 29, para se alistarem às forças militares da Venezuela e ampliarem suas fileiras diante da “agressão imperialista” dos Estados Unidos.

O governo habilitou mais de 1.000 pontos de inscrição. Militantes do chavismo, funcionários públicos, parlamentares e autoridades eleitorais se juntaram à Milícia Bolivariana, um componente militar integrado por civis com alta carga ideológica.

Maduro denuncia como “ameaça” o anúncio de Washington de mobilizar cinco navios de guerra e cerca de 4 mil militares para o sul do Caribe, perto da costa venezuelana, para manobras contra o narcotráfico. A operação coincide com o aumento para 50 milhões de dólares (R$ 270,5 milhões, na cotação atual) da recompensa oferecida pelo governo americano pela captura do mandatário venezuelano por suposto envolvimento com um cartel.

A nova jornada de inscrição permanecerá aberta até sábado, após uma primeira operação no último fim de semana.

“Vamos defender nosso país”, disse à AFP Betsy Perfecto, de 32 anos, sobre o cenário de uma eventual invasão, que analistas descartam por ora.

O número de inscritos ainda não foi divulgado. Maduro afirma que antes do primeiro registro, contava com 4,5 milhões de militares, o que foi questionado por especialistas.

Este é “um povo que percebe em sua justa dimensão a agressão imperialista que se abate sobre a Venezuela”, declarou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, à televisão do governo. “Isto não é recrutamento forçado”, mas sim “um ato voluntário que expressa o sentimento patriótico de cada homem e mulher”.

Padrino não explicou a próxima fase do alistamento e ainda não está claro se haverá treinamento militar.

“Virão outros processos que serão anunciados oportunamente. Agora estamos preparando, registrando e convocando à união nacional”, destacou o general.

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, se alistou na Plaza Bolívar, em Caracas, juntamente com outros dirigentes e funcionários.

“Somos obrigados a defender a vontade popular e exigir respeito para o presidente Nicolás Maduro. Estamos aqui, de joelhos, para defendê-lo e defender nossa pátria”, disse Amoroso.

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