Veneno em pó

O mistério da cocaína batizada que matou 24 e levou dezenas ao hospital

Investigação. A polícia desconfia de um ato premeditado, uma disputa pelo ponto de venda em Buenos Aires que distribuía a cocaína envenenada – Imagem: Emiliano Lasalvia/AFP

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Em todo o mundo, os usuários conhecem os altos riscos de se comprarem drogas adulteradas, um dos efeitos da opção quase unânime dos países pela simples proibição do consumo de entorpecentes, uma guerra perdida que só alimenta a corrupção e a violência. Tratados como criminosos e não como doentes, eles acabam submetidos a um mercado sem controle e expostos a todos os tipos de trambiques, não raro com consequências fatais. Há muito tempo não se via, porém, o fenômeno que colocou em alerta a Argentina, em especial os moradores da região metropolitana de Buenos Aires. Um lote de cocaína, acrescentado de uma substância ainda não identificada, provocou em poucos dias a morte de 24 consumidores, alguns simplesmente caíram fulminados no meio da rua, e levou outras dezenas ao hospital.

Em princípio, as autoridades apontaram a naloxona, antídoto para opioides, como a causa, mas a suspeita não foi confirmada. A única certeza até o momento é de que não se tratou de um erro de produção ou excesso de pureza. Segundo fontes da área de Justiça, a distribuição do produto “envenenado” foi intencional, para afetar os traficantes que operavam na região onde a substância foi apreendida. Nos últimos dias, novos casos de vítimas hospitalizadas foram relatados em Rosário, província de Santa Fé.

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