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Veja o que se sabe sobre a operação que resultou na morte do líder do Hamas

Israel considera Yahya Sinwar um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023

Veja o que se sabe sobre a operação que resultou na morte do líder do Hamas
Veja o que se sabe sobre a operação que resultou na morte do líder do Hamas
O chefe do Hamas, Yahya Sinwar, que Israel diz ter matado em 17 de outubro de 2024. Foto: Mahmud Hams/AFP
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Israel anunciou, nesta quinta-feira 17, ter matado o líder do Hamas, Yahya Sinwar, cujo falecimento, não confirmado pelo grupo, seria mais um duro golpe para o movimento islamista palestino após mais de um ano de guerra na Faixa de Gaza.

Confira o que se sabe sobre a operação lançada contra Sinwar, que Israel considera ser um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra:

O que se sabe sobre a operação?

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, anunciou, na noite desta quinta-feira, que Yahya Sinwar havia sido “eliminado”.

“O assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelo massacre e pelas atrocidades de 7 de outubro, foi eliminado pelos soldados (das forças israelenses)”, declarou Katz em um comunicado à imprensa.

O exército confirmou em seguida a morte de Sinwar.

Pouco antes, o exército israelense havia informado que “eliminou três terroristas” em operações em Gaza e realizava exames para verificar se Sinwar estava entre eles.

O comunicado do exército não detalha onde e como foram eliminados.

“Não havia nenhum sinal de presença de reféns no prédio onde os terroristas foram eliminados”, informou o exército, referindo-se às pessoas sequestradas no ataque de 7 de outubro de 2023.

Segundo a emissora de TV saudita Al-Arabiya, a operação foi realizada na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

O site Ynet informou que dinheiro e documentos de identidade foram encontrados com os corpos.

O jornal de esquerda israelense Haaretz reportou que as tropas envolvidas na operação não tinham informações sobre a presença de Yahya Sinwar na área.

O que aconteceu com os corpos?

Imagens não verificadas publicadas na internet mostram soldados israelenses em volta de um corpo com um grande ferimento na cabeça, caído em meio aos escombros e coberto de poeira, parecido a Sinwar.

Uma fonte de segurança israelense havia dito à AFP que exames de DNA foram feitos em um corpo para confirmar se era ou não de Sinwar.

A polícia e o exército israelenses informaram, na noite desta quinta, que um dos exames havia sido concluído.

“As imagens dos dentes foram transmitidos ao laboratório de polícia científica e exames de DNA estão sendo realizados. Estaremos em condições de confirmar o assassinato ao concluir estes procedimentos”, assinalou o comunicado, antes de o exército confirmar a morte de Sinwar.

Quais foram as reações?

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, informou que o exército israelense continuará “perseguindo e eliminando cada terrorista”.

Sua mensagem no X estava acompanhada de fotos de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah morto no fim de setembro em Beirute, e do chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif, cuja morte foi anunciada por Israel em junho, o que o Hamas não confirmou.

A AFP entrou em contato com o Hamas, que não respondeu até o momento.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, após saber da morte de Sinwar, que este foi um “dia bom” para Israel, Estados Unidos e o resto do mundo.

Em conversa por telefone, Biden parabenizou o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, pela eliminação de Sinwar, segundo um comunicado do gabinete do chefe de governo de Israel. Ambos consideraram que a morte do líder do Hamas representaria “uma oportunidade para promover a libertação dos reféns” e “cooperariam para alcançar este objetivo”.

A vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, por sua vez, afirmou que a morte de Sinwar é uma “chance para pôr fim” à guerra em Gaza.

A guerra “deve terminar de tal forma que Israel esteja em segurança, os reféns sejam libertados e o sofrimento em Gaza termine, e o povo palestino possa exercer seu direito à dignidade, à segurança, à liberdade e à autodeterminação”.

Os Estados Unidos são os principais aliados de Israel.

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