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Carros de seguranças de Petro são atingidos por tiros no norte da Colômbia

Delegação de seguranças viajava ao local para preparar o terreno para uma visita do presidente recém-eleito; mesmo após o ataque, a ida de Petro à região está mantida

Carros de seguranças de Petro são atingidos por tiros no norte da Colômbia
Carros de seguranças de Petro são atingidos por tiros no norte da Colômbia
Imagens mostram marcas de tiros em um dos carros da comitiva de seguranças de Petro. Os veículos sofreram um ataque no norte da Colômbia. Foto: Reprodução/NoticiasRCN
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Uma delegação de seguranças de Gustavo Petro, presidente recém eleito na Colômbia, foi atingida por vários tiros nesta quarta-feira 24, enquanto passavam pelo norte do País para preparar o terreno para uma visita do político, programada para esta sexta-feira 26. Os autores dos ataques ainda não foram identificados.

Segundo o comunicado oficial emitido pela Presidência da Colômbia, três veículos da comitiva oficial foram atacados por homens com armas de longo alcance. O fato ocorreu enquanto os carros atravessavam um posto de barreira ilegal montado na estrada que liga Bacaramanga a El Tarra, ambos na região de Santander.

“O episódio se iniciou na região de San Pablo (El Tarra), onde pelo menos seis homens teriam instalado um posto de controle ilegal. A caravana teria então ignorado a ordem de parar, motivo pelo qual iniciaram os disparos”, relata o comunicado oficial.

O texto diz ainda que o primeiro veículo atravessou sem ser atingido e os outros dois foram bloqueados pelos tiros. Um dos seguranças chegou a ser ‘detido’ pelos homens que formavam a barreira, mas, segundo a Presidência, foi liberado logo em seguida, assim como os carros.

De acordo com o jornal colombiano El Tiempo, que ouviu fontes da segurança de Petro, os agressores estavam todos vestidos com roupas civis e usavam rifles e pistolas. As mesmas fontes disseram ao jornal que os atiradores usavam motocicletas para se deslocar.

O caso está sendo investigado pelo Ministério da Defesa e pela Unidade de Proteção Nacional da Colômbia. Não está claro até o momento quem são os autores dos ataques nem se eles possuem ligações com algum grupo organizado que atua há anos no local, como o Exército de Libertação Nacional (ELN) ou o ‘Jhon Mechas’, grupo formado por dissidentes das Farc.

Apesar dos vários tiros, nenhum segurança ficou ferido, de acordo com o próprio presidente Gustavo Petro. Nas suas redes sociais, ele lamentou o episódio:

“É isso que deve acabar no país. Basta de violência. Embora apenas coisas materiais tenham sido afetadas e seres humanos tenham sido salvos, o trabalho do governo continuará a ser pautado pela busca da Paz”, escreveu o presidente colombiano em suas redes sociais.

A comitiva iniciava a preparação da ida de Petro à região, que faz fronteira com a Venezuela e é marcada por intensos conflitos armados. Os compromissos tratavam justamente de questões sobre a segurança na região. A ida do presidente colombiano ao local estava programada para a sexta-feira. Nos canais oficiais ainda não há informações sobre o cancelamento ou não da agenda.

Na imprensa colombiana, as informações são conflitantes. Os jornais El Tiempo e El Espectador dizem que o compromisso de Petro foi adiado. Já a rádio LAFM e o site Noticias RCN, que conversou com o ministro do Interior Alfonso Prada, informam que a agenda estaria mantida.

Ao site, Prada garantiu ter segurança para que Petro participe dos compromissos na região. “Vamos ao Norte de Santander, faremos o conselho de segurança e notificaremos a essas organizações que não estamos abrindo mão de um milímetro do território colombiano”, disse Prada em conversa telefônica exibida ao vivo.

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