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Variante Ômicron: Israel fecha suas fronteiras a todos os viajantes estrangeiros

País anunciou na sexta-feira 26 ter registrado o primeiro caso da nova variante da Covid-19

Israel está com fronteiras fechadas para qualquer país após registro de infecção da variante Ômicron. Foto: Ahmad Gharabli/AFP
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Enquanto se multiplica a lista de países que fecham seus aeroportos a voos provenientes de nações do sul da África, Israel resolveu ir além e anunciou neste domingo 28 uma medida drástica para frear a a propagação da variante Ômicron. Tel Aviv proibiu a chegada de qualquer viajante estrangeiro em seu território.

Israel anunciou na sexta-feira 26 ter registrado o primeiro caso da variante Ômicron, em uma pessoa que desembarcou no país vinda do Malawi. Por isso, no mesmo dia, o governo israelense resolveu fechar seus aeroportos a voos de países do sul do continente africano.

A decisão é um duro golpe ao turismo em Israel, que havia reaberto suas fronteiras no último 1° de novembro. O país esperava receber turistas para oito dias de celebrações da festa judaica do Hanukkah.

No entanto, não apenas os turistas estrangeiros são afetados pelas novas medidas. A partir deste domingo, o governo israelense também impõe a seus cidadãos vacinados que voltarem de viagens internacionais um teste PCR e três dias de isolamento. Para os não imunizados, serão sete dias de quarentena.

Variante “preocupante”

A Organização Mundial da Saúde classificou a variante Ômicron como “preocupante” na sexta-feira. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela pode ser responsável por um aumento vertiginoso de casos no país. No último 1° de novembro, as autoridades sul-africanas registraram 106 novos casos e duas mortes por Covid-19. Em um intervalo de 15 dias, as autoridades sul-africanas contabilizaram 2.465 novos casos e 114 mortes pela doença.

Segundo informações preliminares divulgadas pelo grupo de especialistas da OMS, a Ômicron pode se mostrar altamente transmissível por possuir mais de 30 mutações na proteína espícula, chave para a entrada do vírus no corpo. “O que nos preocupa é que essa linhagem pode não apenas ter uma capacidade de transmissão maior, mas também ser capaz de contornar partes do nosso sistema imunológico”, afirmou o pesquisador sul-africano Richard Lessells.

Outra grande dúvida é sobre a eficácia das vacinas em relação à nova variante. A empresa de biotecnologia alemã BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciaram que estão estudando a nova linhagem. As gigantes esperam divulgar novas informações “no mais tardar em duas semanas” para dizer se o imunizante que desenvolveram deve ser modificado.

O laboratório norte-americano Moderna, por sua vez, indicou que vai criar um reforço específico contra a nova variante. No entanto, para a Agência Europeia de Medicamentos, é “prematuro” planejar uma adaptação de vacinas.

Segundo o site Our World in Data, 54% da população mundial recebeu ao menos uma dose de um imunizante anticovid, mas apenas 5,6% das pessoas que vivem em países pobres. Na África do Sul, a nação mais afetada do continente, 23,8% dos cidadãos estão completamente vacinados.

Com informações da AFP

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