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Uso indevido de música do Village People por Trump será alvo de ação

Republicano encerrou vários de seus comícios com a famosa canção

Donald Trump
Presidente Donald Trump diz que eleições estão sendo fraudadas. Foto: Brendan Smialowski / AFP Presidente Donald Trump diz que eleições estão sendo fraudadas. Foto: Brendan Smialowski / AFP
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Os detentores dos direitos autorais do hit “YMCA”, do Village People, vão registrar uma denúncia na França e nos Estados Unidos pelo uso não autorizado da música na campanha presidencial de Donald Trump, anunciaram seus advogados nesta quinta-feira 5.

“Nos últimos dias da campanha para a eleição presidencial nos EUA, a mundialmente famosa canção ‘YMCA’, interpretada pelo Village People, foi objeto de uso massivo e não autorizado por parte do candidato Donald Trump e sua equipe, tanto durante seus comícios quanto na trilha sonora de um vídeo promocional veiculado em todo o mundo”, escreveu em nota Richard Malka, advogado dos detentores dos direitos da música.

Sucesso mundial lançado em 1978, “YMCA” foi escrita pelos franceses Jacques Morali e Henri Belolo, e pelo americano Victor Willis.

Trump encerrou vários de seus comícios com a famosa canção. Na terça-feira, ele postou no Twitter uma montagem com várias cenas de seus eventos, onde é visto dançando e com Village People na trilha sonora.

Os beneficiários dos autores franceses, como a gravadora Scorpio Music, “descobriram com espanto essa apropriação ilícita e, além disso, para fins partidários e eleitorais em benefício de Donald Trump, o que jamais teriam aceitado”, disse Malka.

“Este uso fraudulento” será “objeto de ação judicial nos próximos dias, tanto na França quanto nos Estados Unidos, contra qualquer iniciador ou cúmplice do que constitua roubo puro e simples da propriedade alheia”, anunciou Malka. Os representantes legais de Morali e Belolo “proíbem desde já a divulgação sem a sua autorização do vídeo litigioso em questão”, alertou.

A música – cuja coreografia é tão famosa quanto sua letra, com integrantes do grupo vestidos de caubói, índio, policial, operário, motociclista e soldado – faz referência a um movimento jovem cristão masculino, a Associação Cristã de Jovens. Nas décadas de 1970 e 1980, porém, também foi considerada um ícone da comunidade gay.

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