Mundo
Uruguai suspende promulgação de lei sobre legalização da maconha
Diante de pesquisa segundo a qual apenas 26% da população são favoráveis ao projeto, governo decide ampliar o debate


Por Ana Ines Cibils Macedo e Giovanna Fleitas
O governo uruguaio decidiu frear a discussão parlamentar do projeto que pretende legalizar a venda e distribuição de maconha, diante da baixa aceitação social da ideia, promovida pelo presidente, José Mujica.
Mujica, que anunciou em junho o projeto polêmico que pretende que o Estado assuma o controle da produção da droga e sua venda, considerou na terça-feira 18 que é necessário “levar com calma” a discussão porque além do voto no Congresso, onde a esquerda (situação) dispõe de maioria absoluta, a maioria “tem que estar na rua”.
O freio ocorreu após a divulgação de uma pesquisa de opinião da consultoria local Cifra, que mostrou que 64% dos uruguaios são contrários à legalização da venda de maconha e apenas 26% são favoráveis ao projeto.
O deputado governista Julio Bango – integrante da comissão que desenvolveu o projeto – explicou à AFP que “será retomado o processo de discussão a partir de março”, após o recesso parlamentar do verão, que começou esta semana.
“Vamos continuar no caminho que tínhamos traçado. O ano de 2013 é um horizonte prudencial para conseguirmos um debate a fundo no qual os meios de comunicação ajudem a que se amplie o debate que vamos ter com o Parlamento, por isso espero que 2013 será o ano em que tomaremos a decisão”, acrescentou Bango.
A intenção de Mujica de ampliar o debate visa a buscar que “o povo uruguaio avalie”. “Capaz que a sociedade pense em melhores soluções”, já que “não podemos fazer coisas que outros países maiores não podem”, disse o presidente na quarta-feira 19. “É preciso parar a via repressiva para controlar as drogas porque é um fracasso”, mas sem deixar de lado “a informação do que acontece no mundo”, acrescentou.
O projeto, elaborado depois de três meses de debate entre o Poder Executivo e legisladores da governista Frente Ampla (FA), permitirá a posse de 40 gramas de maconha mensais a consumidores registrados, seis plantas a quem cultivar a droga e 90 a clubes de consumidores.
Por Ana Ines Cibils Macedo e Giovanna Fleitas
O governo uruguaio decidiu frear a discussão parlamentar do projeto que pretende legalizar a venda e distribuição de maconha, diante da baixa aceitação social da ideia, promovida pelo presidente, José Mujica.
Mujica, que anunciou em junho o projeto polêmico que pretende que o Estado assuma o controle da produção da droga e sua venda, considerou na terça-feira 18 que é necessário “levar com calma” a discussão porque além do voto no Congresso, onde a esquerda (situação) dispõe de maioria absoluta, a maioria “tem que estar na rua”.
O freio ocorreu após a divulgação de uma pesquisa de opinião da consultoria local Cifra, que mostrou que 64% dos uruguaios são contrários à legalização da venda de maconha e apenas 26% são favoráveis ao projeto.
O deputado governista Julio Bango – integrante da comissão que desenvolveu o projeto – explicou à AFP que “será retomado o processo de discussão a partir de março”, após o recesso parlamentar do verão, que começou esta semana.
“Vamos continuar no caminho que tínhamos traçado. O ano de 2013 é um horizonte prudencial para conseguirmos um debate a fundo no qual os meios de comunicação ajudem a que se amplie o debate que vamos ter com o Parlamento, por isso espero que 2013 será o ano em que tomaremos a decisão”, acrescentou Bango.
A intenção de Mujica de ampliar o debate visa a buscar que “o povo uruguaio avalie”. “Capaz que a sociedade pense em melhores soluções”, já que “não podemos fazer coisas que outros países maiores não podem”, disse o presidente na quarta-feira 19. “É preciso parar a via repressiva para controlar as drogas porque é um fracasso”, mas sem deixar de lado “a informação do que acontece no mundo”, acrescentou.
O projeto, elaborado depois de três meses de debate entre o Poder Executivo e legisladores da governista Frente Ampla (FA), permitirá a posse de 40 gramas de maconha mensais a consumidores registrados, seis plantas a quem cultivar a droga e 90 a clubes de consumidores.
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