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Uruguai se despede de desaparecida na ditadura cujos restos mortais foram encontrados em quartel

Amelia Sanjurjo Casal tinha 40 anos quando foi presa em 2 de novembro de 1977 nas ruas de Montevidéu

Uruguai se despede de desaparecida na ditadura cujos restos mortais foram encontrados em quartel
Uruguai se despede de desaparecida na ditadura cujos restos mortais foram encontrados em quartel
Uruguai identifica restos de desaparecida durante ditadura. Foto: Pablo Porciuncula/AFP
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O Uruguai se despede nesta quinta-feira 6 da militante comunista Amelia Sanjurjo, detida e desaparecida durante a última ditadura (1973-1985), cujos restos mortais foram encontrados há exatamente um ano em um quartel militar, embora só tenham sido identificados na semana passada.

A homenagem acontece no prédio central da Universidade da República, administrada pelo Estado, e termina às 16h de Brasília no Cemitério La Teja, em Montevidéu.

“Nesta quinta-feira, Amelia retorna à sua casa, à sua família e ao seu povo”, disse a associação de Mães e Parentes de Uruguaios Detidos e Desaparecidos ao pedir uma homenagem pública a ela.

Amelia Sanjurjo Casal tinha 40 anos quando foi presa em 2 de novembro de 1977 nas ruas de Montevidéu. Ela era funcionária de uma editora, integrante do Partido Comunista do Uruguai e estava grávida.

De acordo com informações oficiais, ela morreu seis dias após seu sequestro. Sanjurjo foi espancada quando foi levada para uma sessão de tortura em “La Tablada”, a sede de um órgão que coordenava a repressão contra militantes de esquerda.

Em 28 de maio, o promotor especializado em crimes contra a humanidade Ricardo Perciballe confirmou que os restos humanos encontrados em 6 de junho de 2023 no Batalhão 14 do Exército, a 25 quilômetros de Montevidéu, eram de Sanjurjo.

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