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União Europeia deve barrar entrada de brasileiros durante pandemia

É o que indica comunicado da Comissão Europeia, que irá abrir fronteiras no dia 1º de julho para países com números de covid-19 sob controle

(Foto: Loic VENANCE / AFP)
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Brasileiros devem ficar de fora dos planos de abertura das fronteiras para estrangeiros na União Europeia, previsto para começar no dia 1º de julho. O anúncio vem da Comissão Europeia, conjunto formado por integrantes dos países-membros do bloco.

A Comissão vai elaborar uma lista de países cuja situação de saúde não aponta para um controle do vírus. O Brasil se enquadra nessa situação, já que ocupa a segunda posição no ranking total de casos e é o terceiro país que mais teve vítimas da covid-19, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, atrás apenas dos Estados Unidos e Reino Unido.

Entre os parâmetros para decidir qual país poderá ter viagens irrestritas à UE, estão o número de novas infecções diárias, o crescimento da curva epidemiológica e a resposta ao coronavírus, como a testagem, rastreamento de contatos, vigilância, tratamento e habilidade dos aeroportos em seguirem protocolos de segurança.

Com isso, a Comissão propõe que todos os estados-membros da União Europeia participem ativamente da análise das restrições a determinados países, que podem se estender caso não haja consenso de que é seguro liberar as fronteiras. Internamente, as restrições na Zona Schengen – que estabelece a livre-circulação de cidadãos nos países signatários – deverão cair no dia 15 de junho.

A intenção com este movimento é retomar, aos poucos, o turismo, os negócios e os encontros de amigos e familiares, explica a Comissão.

“Seguindo a abertura de todas as fronteiras internas da União, nós estamos propondo uma clara e flexível abordagem em relação a remover restrições de viagens para a UE a partir de 1º de julho. Viagens internacionais são chave para o turismo e negócios, e para que família e amigos se reconectem. Enquanto todos precisaremos nos manter cuidadosos, chegou o tempo de fazer preparações concretas para tirar restrições de países cuja situação de saúde é similar à da UE e de retomar operações de visto”, escreveu Ylva Johansson, comissária de Assuntos Internos do bloco.

As exceções às restrições que devem atingir o Brasil são às pessoas que viajam para estudar, trabalhar ou que tenham cidadania e residência europeia.

Países europeus como França, Alemanha e Espanha começaram, nas últimas semanas, a implementar medidas e abertura gradual dos bares, restaurantes e comércios que permaneceram fechados sob rígido lockdown ao longo dos respectivos picos da doença na Europa.

A situação do Brasil é ainda mais complicada devido aos números crescentes de casos e mortes e pela baixa eficiência no combate à propagação do coronavírus. Em um ranking que avalia o nível de segurança e o fator de risco em relação à pandemia, realizado por um consórcio de empresas e organizações sem fins lucrativos chamado de Deep Knowledge Group, o Brasil aparece na 91ª posição.

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