Uma ponte a menos

O bombardeio na Crimeia marca a escalada recente na guerra da Ucrânia e impõe nova barreira ao diálogo

Os russos não demoraram a responder à destruição da ponte - Imagem: AFP

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Quando um amanhecer frio de outono irrompeu no sábado 8 sobre a ponte de Kerch, ligação da Crimeia ocupada pela Rússia ao continente, o tráfego rodoviário estava leve. Com o céu a ficar rosa, alguns carros e vários caminhões atravessavam a ponte de, aproximadamente, 19 quilômetros de comprimento e que antes da invasão em grande escala pelos russos era usada por 15 mil carros por dia. Um pouco distante e acima dos veículos, um longo trem de carga com alguns vagões de combustível também se dirigia para a península, cruzando a ponte ferroviária paralela.

A explosão devastadora ocorreu às 6h07 da manhã (0h07 em Brasília). Imagens de câmeras de segurança postadas nos canais russos do Telegram mostraram um carro e um caminhão a se mover quase juntos quando uma grande bola de fogo os envolveu, misturada com uma tempestade de fragmentos incandescentes a girar ao redor. Na linha de trem acima, a poderosa onda da explosão rompeu os tanques de combustível e liberou uma cascata de chamas, enquanto a pista da estrada se dobrava e, por fim, desabava. Um dos suportes, com seus pilares duplos de concreto armado e pedestal, aparentemente evaporou.

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