Mundo
Um cônsul acusado de assédio moral
O cônsul-geral do Brasil em Sydney, Américo Dyott Fontenelle, é acusado de intimidar e humilhar subordinados. A Comissão de Ética do Itamaraty decidirá se abre uma sindicância contra o diplomata


A Comissão de Ética do Itamaraty decidirá, até o fim do mês, se abre uma sindicância contra o cônsul-geral do Brasil em Sydney, Américo Dyott Fontenelle, para investigar a prática de assédio moral.
Após encaminhar várias denúncias, oito funcionários do consulado apresentaram um abaixo-assinado no qual pedem um processo disciplinar contra ele e o cônsul-adjunto, Cesar de Paula Cidade.
Ambos são acusados de intimidar, humilhar e agredir subordinados verbalmente. Enviado à Austrália em fevereiro, o embaixador do Brasil no Kuwait, Roberto Abdalla, preparou um relatório sigiloso sobre o caso. Fontenelle já havia sido investigado por assédio moral em 2007, quando atuava no Canadá, mas o processo foi arquivado. O Itamaraty nunca puniu um funcionário por assédio moral.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.