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UE prepara mais sanções contra a Rússia

A ex-chanceler alemã, Angela Merkel declarou que a invasão da Ucrânia é ‘ruptura profunda’ na história europeia

O famoso logo em frente ao prédio do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanha. Os problemas econômicos ameaçam a União Europeia
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A União Europeia (UE) está preparando com urgência mais sanções à Rússia por sua ofensiva militar contra a Ucrânia, após a aprovação de um enorme pacote de medidas no dia anterior, anunciou nesta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“A segunda onda de sanções, com consequências massivas e severas, foi politicamente acordada na última noite [de quinta-feira]. Um novo pacote está em preparação urgente”, disse Michel no Twitter.

O anúncio foi feito poucas horas depois que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu medidas mais duras contra Moscou.

Na opinião do presidente ucraniano, o pacote aprovado pelos líderes dos 27 países da UE na noite de quinta-feira não é suficiente.

“As possibilidades de sanções ainda não foram esgotadas. A pressão sobre a Rússia deve aumentar. Foi o que eu disse” à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, explicou Zelensky no Twitter.

Os líderes da UE aprovaram na quinta, em uma cúpula de emergência em Bruxelas, um conjunto de sanções que atingem os setores de energia, finanças e transporte da Rússia, bem como restrições às exportações de tecnologia e à concessão de vistos.

No entanto, os países da UE preferiram não excluir por enquanto os bancos russos do sistema interbancário Swift, um passo considerado de efeito devastador, embora com consequências que podem ser sentidas até na Europa.

Zelensky falou por videoconferência durante a reunião de líderes europeus e fez um apelo dramático para adotar a exclusão da Rússia do sistema Swift.

A ex-chanceler alemã Angela Merkel condenou, nesta sexta-feira (25), a “guerra de agressão” da Rússia contra a Ucrânia, que marca uma “ruptura profunda na história europeia”.

“Acompanho com a maior preocupação os acontecimentos após o novo ataque, que se segue ao de 2014 [contra a Crimeia], por parte da Rússia dirigida pelo presidente Putin, contra a integridade territorial e a soberania” da Ucrânia, escreveu Merkel, em um comunicado.

“Esta guerra de agressão por parte da Rússia marca uma ruptura profunda na história da Europa após o fim da Guerra Fria”, afirmou Merkel, que deixou o cargo em dezembro, após 16 anos à frente da Alemanha.

“Esta flagrante violação do direito internacional não tem justificativa, e eu a condeno nos termos mais enérgicos possíveis”, frisou Merkel, que teve uma relação muito próxima e difícil com Vladimir Putin quando era chanceler.

Nos últimos anos, Alemanha e Rússia tiveram inúmeras disputas. Apesar disso, a então chanceler buscou manter relações estreitas com o Kremlin durante seus quatro mandatos, apoiando, por exemplo, a construção do gasoduto teuto-russo Nord Stream 2, agora suspenso.

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