Mundo
UE ameaça Belarus com novas sanções se receber armas nucleares russas
O presidente russo anunciou no sábado que tinha previsto posicionar armamento nuclear tático em Belarus, principal aliado de Moscou
O alto representante para a política externa da União Europeia, Josep Borrell, advertiu, neste domingo 26, que o bloco está “preparado” para adotar novas sanções contra Belarus se este país permitir a instalação de armamento nuclear russo em seu território.
“O recebimento por parte de Belarus de armas nucleares russas implicaria uma escalada irresponsável e uma ameaça à segurança europeia. Belarus ainda pode impedir isso, é sua decisão. A UE está preparada para responder com mais sanções”, escreveu Borrell no Twitter.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou ontem que tinha previsto posicionar armamento nuclear tático em Belarus, principal aliado de Moscou na Europa e país fronteiriço com Ucrânia, Polônia e Lituânia.
Putin afirmou que se tratava de um movimento similar ao dos Estados Unidos, que possui armas nucleares em suas bases situadas em Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia.
Para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), esta é uma analogia “totalmente enganosa”. “Os aliados da Otan atuam respeitando plenamente os seus compromissos internacionais. A Rússia viola constantemente os seus compromissos de controle de armas, suspendendo recentemente sua participação no tratado [de não proliferação] Novo START”, afirmou a porta-voz da aliança militar, Oana Lungescu.
Os especialistas acreditam que um ataque russo provavelmente envolveria o uso de armas de pequeno tamanho, chamadas “táticas”, em oposição às armas nucleares “estratégicas”, de grande potência e longo alcance.
O presidente bielorrusso Alexander Lukashenko e outras 194 pessoas próximas do regime estão atualmente proibidos de entrar na UE e seus ativos estão congelados.
Belarus também sofre, neste momento, sanções econômicas voltadas contra setores concretos, incluindo o financeiro, o comercial, os de bens de uso duplo (militar e civil), telecomunicações, energia e transportes.
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