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Ucrânia quer negociações, mas não na Belarus

Ao quarto dia da invasão russa à Ucrânia, foram registadas várias explosões na capital, Kiev, e combates na segunda maior cidade do país, Kharkiv

Ucrânia quer negociações, mas não na Belarus
Ucrânia quer negociações, mas não na Belarus
Soldados ucranianos examinam destroços nas ruas de Kiev, na Ucrânia. Foto: Sergei Supinsky / AFP
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O presidente ucraniano disse estar aberto a negociações com Moscou, mas rejeitou a proposta russa de fazê-lo em Gomel, a segunda cidade da Belarus, país que vê como cúmplice da invasão russa.

Volodymyr Zelensky disse que “Varsóvia, Bratislava, Budapeste, Istambul, Baku ou qualquer outra cidade seria boa”.

O Kremlin anunciou, este domingo, a chegada à Belarus de uma delegação para negociar com Kiev e composta por responsáveis da presidência e dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa. O porta-voz do Kremlin disse, mesmo, que a delegação espera a chegada de homólogos ucranianos.

No mesmo dia, os bielorrussos pronunciam-se hoje em referendo sobre alterações à Constituição que eliminam o compromisso da Bielorrússia como “território sem armas nucleares” e substituiu esse artigo por outro que “exclui a agressão militar a partir do território” bielorrusso.

No final de janeiro, os Estados Unidos ficaram alarmados com o facto de esta reforma constitucional permitir a instalação de armas nucleares russas na Belarus. Na quinta-feira, dia em que teve início a ofensiva militar da Rússia à Ucrânia, o presidente bielorrusso afirmou que o seu país estaria pronto para acolher armas nucleares em caso de ameaça ocidental.

As alterações constitucionais também vão permitir ao Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko – no poder desde 1994 e aliado de Vladimir Putin – candidatar-se novamente ao cargo em 2025 e 2030, o que lhe poderia permitir ficar no poder até 2035.

A reforma prevê, assim, a imunidade judicial vitalícia para os ex-presidentes e a introdução de um limite de dois mandatos presidenciais, que só entrará em vigor a partir das próximas eleições.

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