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Ucrânia quer Brasil em cúpula da paz, diz braço direito de Zelensky
Andriy Yermek, chefe do gabinete do presidente ucraniano, afirmou que está organizando uma reunião internacional e que o governo brasileiro pode ser um dos líderes das negociações
Andriy Yermek, chefe do gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou, em entrevista à CNN, que irá convidar o Brasil para participar da reunião da cúpula formada para discutir o fim da guerra com a Rússia.
“Em nome do presidente, eu e o nosso Ministério das Relações Exteriores estamos trabalhando na organização da primeira Cúpula Internacional da Paz para discutir a fórmula proposta pelo presidente Zelensky”, anunciou antes de confirmar o interesse de ter o Brasil no grupo.
O braço direito do presidente ucraniano ainda mencionou que outros países, como Índia, China, Arábia Saudita e países da África são essenciais para discussão do plano de paz.
“E nós acreditamos que a cúpula não estará completa sem a participação dos países do Sul Global”, acrescentou.
O chefe de gabinete ucraniano não pontuou onde ou quando deverá acontecer o encontro da cúpula anunciada, mas reforçou que, ao instalar o grupo, “quer ver o Brasil como um dos líderes da implementação do nosso Plano de Paz”.
Yermek também elogiou as conversas que teve com o assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, que esteve em Kiev em maio.
“A Ucrânia está muito interessada no desenvolvimento de suas relações com o Brasil. A Ucrânia quer muito uma parceria estratégica com o Brasil. E estamos prontos para fazer tudo o que depende de nós para atingir esse objetivo”, afirmou.
Além das questões envolvendo o conflito, Yermak citou também o papel de liderança que o Brasil tem na área ambiental.
“Tenho certeza de que o Brasil pode ser um dos líderes poderosos ao lidar com questões de segurança ambiental. Sabemos que este desafio específico é importante para o seu país. Vocês tem tantas pessoas que estão engajadas profissionalmente nesta área que certamente podem nos ajudar”, afirmou.
Ao tratar do tema, ele citou o ataque na região de Nova Kakhovka, onde uma explosão de uma barragem deixou milhares de pessoas desabrigadas e sem acesso à água potável.
“Eu diria que esse é um dos maiores desastres ambientais da história da Europa”, disse. Ele afirmou que “os russos estão atacando a infraestrutura civil, os próprios civis. É um fascismo absoluto. É um genocídio absoluto. É um ecocídio absoluto. Portanto, a comunidade mundial deve definitivamente se levantar contra isso”, disse.
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