O líder da delegação da Rússia para as negociações com a Ucrânia, Vladimir Medinski, afirmou que as autoridades de Kiev demonstraram disposição em cumprir com as principais exigências de Moscou para a resolução do conflito que já dura mais de um mês. A declaração ocorreu nesta quarta-feira 30.
De acordo com a mídia estatal russa, Medinski disse que o gesto das autoridades ucranianas ocorreu “pela primeira vez” desde 2014. Segundo ele, “se esses compromissos forem cumpridos, a ameaça da criação de um trampolim da Otan em território ucraniano ficará suprimida”.
Parte dos compromissos já havia sido apontada como possível pelo presidente Volodymyr Zelensky no domingo 27. A Ucrânia teria expressado disposição em incluir os seguintes atos em um eventual acordo:
- A recusa em aderir à Otan;
- O restabelecimento do status de ” país não alinhado”;
- A renúncia em desenvolver e adquirir armas nucleares;
- A renúncia em implantar bases e contingentes militares estrangeiros em seu território;
- A realização de exercícios militares com participação estrangeira somente de acordo com as garantias do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com a observação da Rússia.
Os anúncios acontecem após uma nova rodada de negociações em Istambul, na Turquia, nesta quarta.
Ainda não há avanços, porém, nas questões da Crimeia e de Donbass. Moscou exige que a Ucrânia reconheça a Crimeia como um território russo e as áreas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes. O governo de Kiev, no entanto, vê essas localidades como parte da Ucrânia. As autoridades do país reivindicam ainda a elaboração de um acordo internacional que garanta a segurança do território.
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