Mundo
Trumpista, novo presidente da Câmara dos EUA conspirou contra a eleição de 2020
Mike Johnson teve papel de destaque na tentativa de mudar os resultados do pleito, vencido pelo democrata Joe Biden


O republicano Mike Johnson, um fervoroso apoiador do ex-presidente Donald Trump, foi eleito presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, nesta quarta-feira 25, encerrando três semanas caóticas de impasse.
Hoje com 51 anos, Johnson apoiou as tentativas de mudar os resultados das eleições presidenciais de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden.
Ele chegou à Câmara dos Representantes em 2017, após causar polêmica com uma legislação hostil à comunidade LGBTQIA+ na Louisiana.
Anos depois, Mike Johnson encabeçou mais de 100 republicanos que assinaram um parecer jurídico em apoio a uma ação para anular o desfecho da votação de 2020 em quatro estados onde Biden superou Trump.
Nesta quarta, o jornal The New York Times destacou que Johnson teve um papel de comando no recrutamento de republicanos da Câmara para assinar o documento contra o resultado eleitoral. Em dezembro de 2020, ele coletou assinaturas para um dos processos, no Texas, baseado em infundadas alegações de irregularidades no pleito.
Na ocasião, para convencer republicanos a endossarem a conspiração, disse que a iniciativa havia sido chancelada por Trump e que o ex-presidente “esperava ansiosamente” para saber quem o defenderia no Congresso.
Há três anos, Johnson reproduziu alegações falsas de fraude na eleição. Em entrevista a uma rádio, chegou a dizer que um sistema de software utilizado para a votação seria “suspeito, porque veio da Venezuela de Hugo Chávez”.
Após os ataques de apoiadores de Trump contra o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, Johnson disse condenar a violência, mas defendeu o movimento de congressistas republicanos de se opor à vitória de Biden.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Biden tenta acelerar votação no Congresso de pacote bilionário para Israel e Ucrânia
Por CartaCapital
Biden diz que para ‘falar’ em cessar-fogo em Gaza, Hamas tem que libertar reféns
Por AFP
Trump enfrenta testemunho de seu ex-advogado Cohen em julgamento civil
Por AFP