Trump sugere indultos para acusados de invasão do Capitólio em caso de retorno à Casa Branca

'Vamos tratá-las de maneira justa. E se isto exigir perdões, nós daremos perdões porque estão sendo tratadas tão injustamente', declarou o ex-presidente

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Andrew CABALLERO-REYNOLDS/AFP

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deu a entender que perdoaria alguns manifestantes acusados e condenados por sua participação no ataque ao Congresso em janeiro de 2021, em caso de vitória na eleição presidencial de 2024.

“Se eu concorrer, e se eu ganhar, nós vamos tratar as pessoas de 6 de janeiro de forma justa. Vamos tratá-las de maneira justa. E se isto exigir perdões, nós daremos perdões porque estão sendo tratadas tão injustamente”, disse Trump em um comício no sábado à noite em Conroe, Texas.

Desde o ataque de 6 de janeiro de 2021, mais de 725 pessoas – incluindo integrantes dos grupos de extrema-direita Proud Boys, Oath Keepers ou Three Percenters – foram detidas e acusadas por sua participação no ataque sem precedentes à sede do Congresso, que deixou cinco mortos, incluindo um policial.

Diante de milhões de espectadores estupefatos em todo o mundo, uma multidão de apoiadores de Donald Trump lutou com a polícia para entrar no Capitólio. Uma parte concretizou o objetivo no momento em que os congressistas deveriam certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020, o que forçou a retirada de funcionários e políticos do local.

Em 13 de janeiro deste ano, o fundador do grupo de extrema-direita Oath Keepers, Stewart Rhodes, de 56 anos, foi acusado de “sedição” ao lado de outros 10 integrantes da organização.

Ao mesmo tempo, uma comissão parlamentar prossegue com o trabalho para esclarecer os fatos e determinar a possível responsabilidade de Trump e seus colaboradores no incidente. Sua filha Ivanka foi convidada a prestar depoimento.


Os congressistas, em sua maioria democratas, correm contra o tempo porque desejam publicar as conclusões antes das eleições legislativas de meio de mandato que acontecerão em novembro, nas quais o republicanos podem recuperar o controle da Câmara de Representantes e enterrar o trabalho da comissão.

 

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