Mundo

Trump proíbe o banco central americano de desenvolver uma moeda digital

O decreto do republicano busca impulsionar a promoção das criptomoedas nos Estados Unidos

Trump proíbe o banco central americano de desenvolver uma moeda digital
Trump proíbe o banco central americano de desenvolver uma moeda digital
Deportações em massa estavam entre as principais promessas de campanha de Donald Trump – Foto: Jim Watson/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu por decreto, nesta quinta-feira 23, que o Federal Reserve desenvolva uma moeda digital, um tema sobre o qual o banco central americano nunca avançou de fato.

O novo decreto proíbe “criar, emitir ou promover uma moeda digital proveniente de um banco central [CBDC, na sigla em inglês]” e determina “pôr fim” a todo trabalho vinculado a esta possibilidade.

A alternativa de um dólar digital foi tema de avaliação pelo Fed, mas sem que tenha havido uma resolução.

O governo do ex-presidente Joe Biden era favorável à ideia, considerando que oferecia vantagens e oportunidades. Apesar disso, identificava riscos.

Os diretores do Fed, por sua vez, nunca esconderam seu ceticismo.

Em março passado, o presidente do banco central, Jerome Powell, insistiu em que o Fed ainda estava “muito longe” de um CBDC, um dólar digital do banco central.

De todo modo, o decreto de Trump busca impulsionar a promoção das criptomoedas nos Estados Unidos. Prevê a criação de um grupo de trabalho encarregado de refletir sobre o tema para apresentar propostas ao Congresso e ao presidente, fortalecendo o setor.

Trump lançou uma criptomoeda, a $TRUMP, em 17 de janeiro, três dias antes de assumir a Presidência.

A moeda chegou ao mercado com valor de 7 dólares (cerca de 42 reais) e alcançou 34,72 dólares (210 reais), com um valor de mercado total de 6,94 bilhões de dólares (41,2 bilhões de reais) às 18h25 desta quinta-feira, horário de Brasília.

Trata-se de uma “meme coin“, uma criptomoeda lançada no rastro da popularidade de uma pessoa ou de um fenômeno viral.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo