Mundo

Trump pretende desmontar Departamento de Educação dos EUA, diz Wall Street Journal

O jornal teve acesso a uma primeira versão da ordem executiva do político republicano que determina o fechamento da pasta; medida depende de aprovação do Congresso

Trump pretende desmontar Departamento de Educação dos EUA, diz Wall Street Journal
Trump pretende desmontar Departamento de Educação dos EUA, diz Wall Street Journal
O presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve lançar uma investida contra o Departamento de Educação do país. A informação é do Wall Street Journal e foi revelada nesta quinta-feira 6.

Segundo a publicação, o republicano deve assinar uma  ordem que instrui a secretária de Educação, Linda McMahon, a “tomar todas as medidas necessárias para o fechamento do Departamento de Educação” na “magnitude apropriada e permitida por lei”.

O veículo chega a citar um rascunho da ordem executiva, que deverá sair ainda nesta quinta-feira 6.

Acontece que um eventual fechamento da pasta responsável pelas políticas públicas voltadas à Educação nos EUA não depende apenas de Trump. Para isso, o republicano precisaria contar com o aval do Congresso do país. Só no Senado, o governo precisaria de pelo menos 60 votos, no total de 100 senadores.

Uma outra opção para Trump seria reduzir ao máximo o funcionamento da pasta da Educação, sem, necessariamente, fechá-la.

Ameaças

Já não é de agora que Trump e McMahon têm colocado o Departamento de Educação na mira. Ainda nos tempos da campanha eleitoral, no ano passado, o republicano prometeu enxugar “o setor da educação governamental” e impedir o que chamou de “abuso do dinheiro para doutrinar a juventude americana”.

McMahon, que foi confirmada pelo Senado para o cargo na última segunda-feira 3, é uma crítica habitual ao que chama de “excessiva concentração de poder” do governo norte-americano sobre a educação. A representante já indicou que a solução para isso seria “financiar a liberdade educacional, não o governo”.

Uma opção para o governo Trump seria, justamente, reduzir o papel do governo na gestão educacional, transferindo responsabilidades para os estados. Atualmente, mais de 85% do financiamento de escolas públicas já é feito por governos estaduais e locais.

De qualquer maneira, o eventual desmonte recairia sobre as ferramentas usadas pelo governo norte-americano para repassar subsídios para escolas mais necessitadas. Também cabe ao governo, atualmente, supervisionar os empréstimos estudantis usados por milhões de estudantes do país que não podem pagar as parcelas das universidades à vista.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo