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Trump pode ser acusado no civil por ataque ao Capitólio, diz tribunal americano

Em janeiro de 2021, Trump fez um discurso incendiário e convocou seguidores a “lutar como o diabo” contra os resultados das eleições

Foto: Stringer/AFP
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser considerado civilmente responsável pelo ataque cometido por seus apoiadores contra o Capitólio em Washington em 6 de janeiro de 2021, decidiu a Justiça federal.

A resolução de um tribunal de apelação de Washington tornou-se pública nesta sexta-feira (1º) – confirmando informações do The Washington Post – em consequência de denúncias civis apresentadas em 2021 por dois policiais do Capitólio, a sede do Congresso americano, e dez parlamentares do Partido Democrata.

A decisão ainda cabe recurso.

Em 6 de janeiro de 2021, Trump, derrotado nas eleições de novembro de 2020 pelo democrata Joe Biden, fez um discurso incendiário a seus seguidores na capital federal, exortando-os a “lutar como o diabo” contra os resultados das eleições.

Duas semanas antes da cerimônia de posse de Biden, em 20 de janeiro de 2021, milhares de partidários de Trump espalharam o caos de maneira violenta no Capitólio.

Desde então, mais de 1.000 pessoas foram presas e 350 delas foram acusadas de agredir policiais ou de resistência à prisão. Alguns membros de milícias de extrema direita foram condenados por sedição.

Segundo o Washington Post, os demandantes civis contra Trump baseiam-se em uma lei de 150 anos que proíbe o uso da força, de ameaças e da intimidação para impedir que um legislador ou funcionário desempenhe seu ofício.

Os demandantes estão aptos a solicitar ao bilionário republicano uma reparação pelos danos causados em 6 de janeiro de 2021, segundo o Tribunal de Apelação do Distrito de Colúmbia, em Washington.

Trump, que aspira retornar à Casa Branca em janeiro de 2025 e enfrenta vários processos judiciais, afirma, há dois anos, que a eleição de Biden foi “um roubo”, e denuncia uma “caça às bruxas” e o “uso político” da Justiça contra si.

Como ainda era presidente em 6 de janeiro de 2021, alega que possuía “imunidade” presidencial naquele momento.

“Quando um presidente em exercício opta por um segundo mandato, sua campanha para ser reeleito não é um ato presidencial oficial”, respondeu o tribunal.

Em julho, Trump revelou que o procurador federal especial Jack Smith age de forma pessoal em sua investigação criminal sobre os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021.

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