Trump pedirá impugnação da juíza e mudança no local de julgamento sobre ataque ao Capitólio

Tanya Chutkan é conhecida por condenar duramente os partidários do ex-presidente que participaram da invasão do 6 de janeiro

O ex-presidente dos EUA Donald Trump. Foto: AFP

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou neste domingo (6) que pretende pedir a impugnação da juíza que supervisionará seu futuro julgamento em Washington pela tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de novembro de 2020 e por ter facilitado o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

“Não há nenhuma maneira de conseguir um julgamento justo com a juíza ‘designada’ para o ridículo caso de liberdade de expressão/eleições justas. Todo mundo sabe disso e ela também”, escreveu Trump, como de hábito com letras maiúsculas, em sua rede social Truth Social. 

“Vamos pedir imediatamente que a juíza seja recusada, com fundamentos muito fortes. E, da mesma forma, também solicitaremos a mudança de local (do julgamento) para fora de Washington DC”, acrescentou o ex-presidente em relação à juíza federal Tanya Chutkan e ao Tribunal da Capital Federal dos Estados Unidos. 

Chutkan presidirá o caso que julgará a Trump por sua terceira (e mais grave) acusação penal. Ela é conhecida por condenar duramente os partidários do ex-presidente que participaram da invasão ao Capitólio. 

A magistrada foi designada por sorteio para supervisionar o processo judicial histórico que envolve o ex-mandatário, acusado em 1º de agosto de conspiração contra o Estado em relação às suas tentativas de reverter o resultado das eleições de novembro de 2020

O magnata viajou a Washington em 3 de agosto para se declarar inocente dos quatro crimes pelos quais foi acusado. 


Ele deve conhecer a data de seu julgamento em 28 de agosto. O promotor especial Jack Smith, que conduziu as investigações, pretende que o caso seja decidido “sem demora”. 

Trump, favorito nas primárias do Partido Republicano para as eleições presidenciais de novembro de 2024, também foi acusado pela Justiça Federal pelo suposto armazenamento negligente de documentos confidenciais da Casa Branca. 

O ex-presidente também foi acusado pela Justiça do estado de Nova York por fraude contábil relacionada aos pagamentos para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô. Os julgamentos acontecerão em março e maio de 2024. 

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