Trump indulta ex-políticos sentenciados por corrupção

Trump, que fez campanha alegando que luta contra a corrupção em Washington, foi vago sobre sua justificativa para conceder liberdades

Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: AFP)

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O presidente dos EUA, Donald Trump, comutou a sentença de um ex-governador de Illinois, preso por corrupção na terça-feira 18 n, e também perdoou um chefe de polícia de Nova York preso por fraude fiscal.

Os perdões também foram dados a Edward DeBartolo Jr, ex-proprietário do time de futebol do San Francisco 49ers, e Michael Milken, um conhecido financeiro que se declarou culpado em 1990 por valores mobiliários e fraude fiscal.

Essa série de ações de clemência, 11 no total, elevou as expectativas de que Trump está pensando em exercer seu poder em casos mais controversos envolvendo ex-associados próximos, incluindo o consultor republicano Roger Stone.

Entre os que foram concedidos, o que mais chamou a atenção foi o de Rod Blagojevich, um democrata que foi destituído do cargo de governador de Illinois em 2009 e depois condenado por vender o assento de senador que havia ficado vago quando Barack Obama conquistou a presidência dos Estados Unidos em 2008.

Trump, que fez campanha alegando que luta contra a corrupção em Washington, foi vago sobre sua justificativa para conceder liberdade a Blagojevich, que havia sido condenado a 14 anos.


“Comutamos a sentença de Rod Blagojevich. Ele ficou preso por oito anos, por um longo tempo”, disse Trump a repórteres. “Ele parece uma pessoa muito legal, eu não o conheço”.

Além disso, ele perdoou Bernard Kerik, comissário de polícia de Nova York na época dos ataques de 11 de setembro de 2001. Kerik se declarou culpado em 2009 por fraude fiscal, e saiu da prisão em 2013.

Especula-se que o presidente em breve vá perdoar Roger Stone e Paul Manafort, ambos envolvidos em uma extensa investigação sobre a tentativa da Rússia de influenciar as eleições que deram a vitória a Trump em 2016.

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